A Iugoslávia foi um país que existiu no sudeste da Europa entre 1929 e 2003. Ele foi criado a partir da união entre vários antigos reinos e outros territórios. Cada república que fazia parte desse país tinha sua própria mescla de grupos étnicos e de religiões. Às vezes, as tensões entre os vários grupos ficavam mais agudas. 

No final do século XX e no início do XXI, as repúblicas se separaram e se tornaram países independentes. Esses países são a Bósnia e Herzegovina, a Croácia, a EslovêniaKosovo, a Macedônia do NorteMontenegro e a Sérvia

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A maioria da população da Iugoslávia era formada por eslavos, que se repartiam em vários grupos étnicos: sérvios, montenegrinos, croatas, eslovenos, macedônios e bósnios. Esses grupos tinham ligações entre si, mas cada um tinha sua própria história. Além disso, todos seguiam religiões diferentes e falavam línguas eslavas distintas. Muitos povos que não eram eslavos, como albaneses, ciganos, húngaros e turcos, também viviam na Iugoslávia. 

Alemanha, a Itália e seus aliados invadiram a Iugoslávia em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial. Alguns anos depois, Josip Broz Tito liderou os soldados que libertaram a Iugoslávia dos invasores. Ele se tornou o governante do país e instalou um governo comunista.

Apoiando-se em sua enorme popularidade, Tito procurou seguir uma orientação independente de Moscou. Ao contrário dos dos soviéticos, os iugoslavos promoveram a descentralização política e administrativa, dando prioridade à gestão local e reduzindo a intervenção do governo central. 

Com isso, Tito atraiu para si o ódio de Stalin, que não admitia dissidências nem manifestações de autonomia. Assim, em 1948 a União Soviética rompeu relações diplomáticas com a Iugoslávia. 

Apesar do rompimento, Tito conseguiu governar durante várias décadas, neutralizando as tensões entre as diversas etnias que compunham a população iugoslava. 

Tito foi um líder forte. Conseguiu manter os vários grupos étnicos juntos, em um país unificado. Mas, nos anos 1980, aconteceram grandes mudanças. A primeira delas foi a morte de Tito. 

Depois de sua morte, as diferenças étnicas e religiosas se acirram, desencadeando sérios confrontos. Assim como outros países do leste da Europa, a Iugoslávia deixou de ter governo comunista.

Os diferentes grupos étnicos começaram a entrar em conflito. Em 1991 e 1992, a Croácia, a Eslovênia, a Macedônia (atual Macedônia do Norte) e a Bósnia e Herzegovina se autoproclamaram repúblicas independentes. Os sérvios foram contra isso e lutaram para evitar a separação. Seguiu-se uma sangrenta guerra civil, que durou até 1995.

A mais forte e mais populosa dessas repúblicas era a Sérvia, cujos habitantes professam a religião cristã ortodoxa, em contraste com os bósnios, que são muçulmanos, e com aos croatas, católicos em sua maioria

Depois da guerra, as repúblicas da Sérvia e de Montenegro eram as únicas que permaneciam integradas com o nome de Iugoslávia. Em 2003, o país formado por elas passou a se chamar Sérvia e Montenegro. Em 2006, elas decidiram se separar pacificamente e deram origem a dois países, um chamado Sérvia e outro chamado Montenegro. Dois anos mais tarde, a Sérvia perdeu parte de seu território quando a província de Kosovo também declarou sua independência.

desintegração da Iugoslávia

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